Dez discos para lembrar o poder e a glória de Elza Soares
Publicado em 21 de janeiro de 2022
Elza Soares faleceu na tarde desta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, aos 91 anos. A notícia tomou fãs e colegas de surpresa e repercutiu na imprensa de todo o mundo, lamentando a perda do ícone brasileiro e homenageando o legado da Voz do Milênio.
Seu corpo será velado nesta sexta (21), no Theatro Municipal, mas ela deixou um brilhante catálogo musical, que marcou os altos e baixos de sua vida pessoal e profissional, para nunca ser esquecida. Abaixo, dez discos para lembrar o poder e a glória de Elza Soares, considerada uma das maiores artistas do mundo.
“Do Cóccix até o Pescoço” (2002)
Sob a direção artística de José Miguel Wisnik e produção de Alê Siqueira, Elza Soares lançou “Do Cóccix até o Pescoço”, uma das grandes pérolas modernas de sua extensa discografia, em 2002. O disco entregou canções como “Dura na Queda”, “A Carne”, “Hoje é Dia de Festa” e “Dor de Cotovelo”.
“A Mulher do Fim do Mundo” (2015)
“A Mulher do Fim do Mundo” não só se tornou um dos maiores álbuns da deusa-mulher, mas também se consagrou como um dos trabalhos mais fundamentais da música brasileira da década de 2010. Produzido por Guilherme Kastrup, o disco de 2015 comprovou a potência de Elza com a faixa-título, “Maria da Vila Matilde”, “Coração do Mar”, “Firmeza?” e muito mais.
“Pilão + Raça = Elza” (1977)
“Pilão + Raça = Elza” chegou em 1977 e marcou a passagem da Voz do Milênio pela gravadora brasileira Tapecar, fundada por Manolo Camero. O álbum trouxe compositores como Gerson Alves, que também assinou a produção musical, e Jorge Aragão para montar a tracklist junto com três músicas da própria Elza: “Língua de Pilão”, “Enredo de Pirraça” e “Perdão Vila Isabel”.
“A Bossa Negra” (1961)
Na década de 1960, em que nomes como João Gilberto, Tom Jobim e Nara Leão brilhavam na cena artística brasileira, Elza Soares apresentou sua bossa negra. Ela cantou “O Samba Está Com Tudo”, “A Barata Serafina”, “Só Vendo Que Beleza (Marambaia)” e mais no LP “A Bossa Negra”, de 1961.
“Deus é Mulher” (2018)
Eleito um dos melhores álbuns de 2018 pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), “Deus é Mulher” também se tornou um dos melhores de toda a discografia de Elza. Atemporal, foi o responsável por 11 faixas certeiras, como a introdutória “O Que Se Cala” seguida de “Exú nas Escolas” e “Banho”.
“Elza Soares” (1974)
Entre os trabalhos mais importantes da carreira de Elza Soares está o autointitulado, um de seus principais títulos dos anos de 1970. Lançado em 1974 pela gravadora Tapecar, “Elza Soares” proporcionou ao público grandes sambas como “Bom Dia, Portela” e “Pranto Livre” na Voz do Milênio.
“Planeta Fome” (2019)
Em 2019, Elza contou de onde veio e mostrou que não iria sucumbir. Estreou “Planeta Fome”, com o qual proclamou sua “Libertação”, falou de “Brasis”, entoou “Blá Blá Blá” e disse “Virei o Jogo”. O álbum, o último de inéditas com a artista em vida, apresentou à geração mais nova essa que foi e sempre será considerada uma das maiores cantoras do mundo.
“Se Acaso Você Chegasse” (1960)
Elza veio com o sambalanço “Se Acaso Você Chegasse” em 1959. A canção deu título ao LP que chegou no ano seguinte, trazendo a participação de Oswaldo Borba em faixas como “Era Bom”, “Dedo Duro”, “Sal e Pimenta” e “Não Quero Mais”.
“Lição de Vida” (1976)
“Lição de Vida” foi outro destaque da discografia de Elza durante a movimentada década de 1970. Antes de “Pilão + Raça = Elza” (1977) e depois de “Elza Soares” (1974), o álbum de 1976 presenteou os amantes de música com a gravação original do samba “Malandro”, composto por Jorge Aragão e Jotabê.
“Com a Bola Branca” (1966)
Com 12 canções, incluindo “Quizumba”, “Nem Vem, Nem Vai”, “Deixa a Nega Gingar (Sandália Dela)” e “Volta Pro Morro”, Elza Soares mostrou sua força em “Com a Bola Branca”. Foi o álbum de 1966, produzido pelo famoso Milton Miranda.