A disputa entre Adele e o compositor brasileiro Toninho Geraes continua. Depois de tornar pública sua decisão de acusar a diva britânica de plágio dois anos e meio atrás, Geraes informou que sua defesa formalmente pediu uma indenização de R$ 1 milhão.
O valor seria pago por Adele, seu produtor e as três gravadoras que representam sua obra, incluindo os grupos Sony Music e Universal, que têm sede no Brasil.
A acusação gira em torno da melodia de “Mulheres”, interpretada em sua versão mais famosa por Martinho da Vila, em “Million Years Ago”, parte do último disco de Adele, “25”, lançado em 2015.
Antes de entrar com o processo, houve uma tentativa de acordo extrajudicial, mas nem a artista nem suas gravadoras se manifestaram ou assumiram responsabilidade sobre a criação.
A petição afirma que o produtor de Adele estudou MPB e que uma das professoras de educação física da estrela também é brasileira, o que teria facilitado uma aproximação com a obra de Martinho.
A indenização diz respeito apenas a danos morais, pois os valores relacionados aos direitos autorais violados ainda não foram calculados. Isso dependerá de dados sigilosos de vendas e audiência, aos quais Geraes só terá acesso mediante mandado da Justiça.
Não há previsão para que a Justiça analise a petição e marque uma audiência, mas os advogados pedem urgência, uma vez que Geraes tem 62 anos. A ação foi movida no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e não no Reino Unido, pois segundo as partes, não seria possível arcar com as custas processuais no exterior.
