Pedro Sampaio coloca todo mundo para dançar em “Chama Meu Nome”

Chama Meu Nome“, álbum de estreia de Pedro Sampaio, já está disponível nas plataformas digitais. Lançado na noite de quarta-feira (2), o projeto chegou acompanhado de registros audiovisuais das faixas inéditas.

Com onze faixas, o disco inclui faixas conhecidas como “Galopa”, “No Chão Novinha”, parceria com Anitta, e “Atenção”, colaboração com Luísa Sonza. A lista de colaborações ainda conta com KVSH, Ferrugem, Mateca, Zé Vaqueiro, Mc Pedrinho, Mc Don Juan e Mc Jefinho.

“Espero que vocês tenham uma experiência maravilhosa ouvindo cada musica!”, disse o músico nas redes sociais. “Quero aproveitar pra dizer que só você sabe o tamanho do seu sonho, não tenha medo de se jogar, talvez só tenha essa chance, não deixe ela passar!”

Com menos de 24h de estreia, o projeto se tornou o álbum pop brasileiro a chegar mais rápido aos 200 milhões de streams no Spotify. Dessa forma, “Chama Meu Nome” se torna o terceiro projeto do gênero a atingir a marca nesta década, seguido de “Doce 22″, de Luísa Sonza”, e “111”, de Pabllo Vittar.

Ouça “Chama Meu Nome” nas plataformas digitais. 

“Pra Gente Acordar”, primeiro disco dos Gilsons

Os Gilsons escolheram 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, para o lançamento de “Pra Gente Acordar“, álbum de estreia do trio. O projeto de nove faixa inclui os singles “Proposta” e “Duas Cidades”, lançados anteriormente, com produção de José Gil.

O trio José, João e Francisco Gil, respectivamente filho e netos do grande patriarca da família e mestre da MPB, traz composições em parcerias com nomes como Clara Buarque, Julia Mestre, Mariá Pinkuslfeld e Carlos Rennó, entre outros.

Visualizers de todas as canções foram divulgados em conjunto do lançamento. Abaixo, assista aos vídeos de “Voltar à Bahia” e a faixa que leva o nome do disco:

Rennó, que assina a apresentação do álbum, aborda a escolha do título do LP no texto:

“O nome expressa aquilo que o trabalho atesta ser a vocação do trio nesse momento: espalhar uma mensagem auspiciosa de confiança numa nova manhã e celebrar as coisas principais que suas canções transmitem e que são recorrentes nos versos: o amor e a luz; as viagens e os encontros; enfim, o mundo – a se conquistar pelo amor, a que se entregar sem medo”

“É um álbum que mostra um claro amadurecimento com relação às nossas canções e musicalidade”, disse Francisco anteriormente.  Ouça “Pra Gente Acordar” nas plataformas digitais.

Giulia Be libera o making of de “show”, videoclipe dirigido por ela

Nesta quarta-feira (02), Giulia Be divulgou o making of do videoclipe de sua mais recente música de trabalho, “show”, lançada em dezembro de 2021. O registro foi dirigido pela própria artista, que teve uma entrevista da Taylor Swift como inspiração para a faixa.

Mostrando o processo de gravação de cada cena do videoclipe, além dos bastidores, Giulia mostra ao público suas facetas como artista e mostra aos fãs o que há por trás do set de filmagem e dos looks que vestiu.

Dá uma olhada:

Como dito anteriormente, o projeto foi dirigido pela própria cantora, que se inspirou em cenas de “Ghost”, filme dos anos 90. A composição também é assinada pela mesma em parceria com seu irmão, Danyel.

Os próximos passos de Giulia já estão definidos. Ainda em fevereiro, a cantora irá lançar o single “2 PALABRAS”, cantado em espanhol. Dirigido pelo colombiano Harold Jimenez, a artista irá dividir cenas com o ator Rômulo Neto no videoclipe que chega seguido ao lançamento.

Laura Pausini: “De alguma maneira, estou me tornando amiga da …”

Laura Pausini, então aos 16 anos, sobe ao palco do 43º Festival de San Remo, na Itália. O ano é 1993 e todos os olhares se voltam para ela, uma garota promissora vinda da comuna italiana de Faença. Em cena, ela canta o que viria a ser seu primeiro grande sucesso internacional, “La Solitudine”.

À primeira vista, parece pequena para o blazer com grandes ombreiras que usa, mas a voz imponente a leva a vencer a categoria de artistas iniciantes. Em pouco mais de um ano, passa a lotar arenas e a vender milhões de discos.

Quase 30 anos dividem essa ocasião e a estreia de “Scatola“, faixa que lançou no fim de janeiro. Na letra, fruto de uma colaboração com a jovem compositora Madame, Pausini se permite iniciar um diálogo com uma versão adolescente de si mesma

“Ela [Madame] viu um post no meu Instagram em que eu aparecia com meus colegas de escola”, conta, em espanhol, por telefone. “Inspirada nisso, compôs uma música sobre a amizade e me mandou por WhatsApp, exatamente às 12h41 do dia 10 de março. Quando eu a escutei, e conforme a música foi avançando, entendi que o destinatário não eram os meus amigos, e sim eu mesma. Pensei muito no meu eu adolescente e nos sonhos que tinha, mas também no que sou hoje. Foi aí que vi a Laura adolescente e a Laura adulta se encontrando através das memórias”.

A audição da demo coincidiu com a escrita do roteiro de “Laura Pausini: Prazer em Conhecer“, filme para o qual foi escolhida como trilha sonora. Original do Amazon Prime Video, a película tem direção do renomado Ivan Cotroneo e lançamento mundial programado para ainda este ano. Até onde é possível dizer, deve repassar sua história a partir de reflexões ainda desconhecidas pelo grande público.

Hoje aos 47 anos, Laura faz uma análise e diz que se sente muito parecida com a garota vencedora do San Remo, há 30 anos. Nesta terça-feira (2), por exemplo, ela retorna ao festival na condição de convidada especial.

“‘Scatola’ termina dizendo ‘Somos a mesma coisa, somos iguais’ e acho que estas memórias que resgatei podem ser muito profundas se você as conserva bem. Eu mesma só me permiti compreender o quanto sou idêntica ao que era quando tinha 12, 13 ou 16 anos, ainda que reconheça algumas mudanças, quando me permiti revisitá-las”, explica.

O ano de 2021 foi marcado por feitos, entre eles duas indicações ao Oscar e ao Golden Globes. Deste último, saiu vitoriosa.

“Há algumas coisas que são fundamentais na minha personalidade, eu penso muito. Até pouco tempo, não achava meus sonhos tão ambiciosos, mas vejo agora que, na verdade, eles sempre foram. Então, posso dizer que acho que esta nova canção acaba sendo dedicada também a uma amizade porque, de certa maneira, estou me tornando amiga da Laura que fui adolescente”.

Imagem

Foto: Reprodução/Twitter

Se o ineditismo de suas conquistas parece abrir um novo capítulo na história da mulher italiana, ela busca falar antes da influência que teve de Rafaella Carrà. A cantora e apresentadora italiana, de quem era amiga e fã, faleceu aos 78 anos, em julho de 2021. Não sem antes alçar seu nome ao posto de uma das artistas mais populares da Europa.

Carrà, que ganhou notoriedade ainda na década de 1970 por suas canções e performances efusivas, também se atreveu a desafiar a Igreja Católica ao usar figurinos ousados e a romper com os vícios e propostas indecentes de Hollywood no que tinha tudo para ser uma carreira promissora.

Trilhou outro caminho, ignorando, aliás, os limites geográficos. Terminou sendo a primeira artista pop italiana a cantar em diferentes idiomas, ocupando um estandarte de respeito na televisão. Seu carisma e atitude expandiram a fama para países latinos como Argentina, Peru e Espanha. Tornou-se, nas palavras de Pausini, “uma cidadã do mundo”.

Laura Pausini y Rafaella Carra 2008 (Parte 1/2) - YouTube

“Para a Raffaella eu faria uma homenagem a cada minuto”, diz, depois de pensar um pouco. “E o faço, na verdade, porque canto o tempo todo as músicas dela. Diariamente, sinto que ela vive dentro de mim através do que tentou ensinar nestes anos todos, especialmente, no que diz respeito a ser uma mulher corajosa e comprometida com o próprio talento. Olhando de fora, parece até que ela teve uma jornada fácil, muito divertida, mas, cotidianamente acaba sendo uma tarefa muito complicada. Imagine uma mulher que tem que batalhar todos os dias contra milhares de obstáculos impostos pela indústria até se tornar conhecida. É ainda mais difícil tendo uma personalidade tão direta, sincera quanto a dela”.

Para a cantora, a admiração que sente parte, principalmente, de um princípio de perseverança. “Acho que todos os famosos tem um pouco sorte, repito esta palavra desde o primeiro dia da minha carreira. Mas a constância, a disciplina com que ela se preparou a nível musical, inclusive dançando e comandando programas de TV, aprendendo idiomas, viajando, sozinha muitas vezes, acaba sendo uma experiência em que a vida não é completamente sua. Raffaella teve uma vida dedicada a se dividir com os outros, onde havia dois lados. Um lado maravilhoso e outro repleto de solidão. É por isso que eu a amo, a admiro e vou adorar a cada dia da minha vida”.

De fato, a Itália nunca saiu da rota do entretenimento de massa. Em dezembro, chegou à Netflix uma adaptação de “A Filha Perdida”, romance escrito pela napolitana Elena Ferrante e estrelado por Olivia Colman. O longa se dedica a narrar dilemas e obsessões ligados à maternidade. Ao ouvir que o filme tem alcançado sucesso semelhante ao de outros títulos da autora como “A Amiga Genial”, Pausini celebrou.

“Fico superorgulhosa em saber que a obra de Ferrante tem chegado tão longe, ainda mais ela sendo ariana, um signo que gosto tanto”, brinca. “Sinceramente, vejo o presente como um momento especial porque são tantas as mulheres mostrando seu talento fora da Itália. Por muito tempo me senti sozinha nessa tarefa”.

Embora as ambições estejam claras, ela prefere dar um passo de cada vez. Há um ano, contou em entrevista a este mesmo site que estava imersa em pastas e arquivos para a escolha do repertório de um novo álbum. Mencionou ter ouvido cerca de 500 canções, enviadas por compositores de diferentes estilos e lugares.

“Isto vou te dizer em português. Escutei tanta coisa, mas sigo trabalhando em músicas novas. Muitas. Sei que por enquanto não estou pronta, devo terminar [o disco] até o fim do ano. Até lá, ouçam ‘Scatola’ e o que eu tenho para dizer”.

***

Banda Taboo celebra origens mineiras no clipe de “Sol do Sertão”

A Taboo continua levando suas origens no norte de Minas Gerais para seu som inspirado pelo indie rock brasileiro. Essa união resulta em “Sol do Sertão”, o mais novo single da banda mineira formada por Lucas Nobre (vocal e guitarra), Michelle Marques (guitarra), Max Dias (baixo) e Matheus Leite (bateria).

Elementos regionais ganham a intensidade dos riffs de rock na canção sobre a aridez da vida. A composição retrata a dureza do calor e o suor sertanejo, mas com otimismo e esperança.

A faixa estreia com clipe dirigido por Tomás Gomes. No vídeo, um homem se vê forçado a sair da modernidade da cidade para encarar a beleza e simplicidade do sertão norte mineiro.

“Adentramos no coração do Sertão da nossa região para procurar a locação ideal para o projeto. As imagens foram filmadas em uma casa gentilmente emprestada por dois moradores da zona rural do Norte de Minas”, conta Matheus.

Confira:

Anitta assina com United Talent Agency para uma carreira internacional

O início de 2022 tem sido bem movimentado para Anitta. Após ser entrevistada e se apresentar no “The Tonight Show”, programa comandado por Jimmy Fallon, a artista assinou com a United Talent Agency (UTA), que agora se torna sua representante global em todas as áreas, exceto no Brasil. Anteriormente, desde 2016, ela era representada pela Warner Music Entertainment (via Variety).

A agência representa muitas das figuras mais aclamadas em filmes, televisão, notícias, música, esportes, palestrantes, teatro, artes plásticas, literatura, videogames, podcasts e outros conteúdos sociais e digitais. Artistas como Rosalía, Mj Rodriguez, Michaela Coel, Lil Wayne, Seth Rogen, Arlo Parks, Elliot Page e mais estão vinculados à empresa. Agora, a cantora faz parte deste grupo.

Na UTA, ela será representada por uma equipe de estrelas que inclui o CEO Jeremy Zimmer , o chefe global de música David Zedeck e Jbeau Lewis. Anitta é gerenciada por Brandon Silverstein, fundador e CEO da S10 Entertainment, e assinou contrato com a Warner Records.

“Estamos entusiasmados em trabalhar com Anitta e sua equipe na S10”, disse Zimmer. “Ela é uma estrela brilhantemente talentosa e carismática, com um senso aguçado do mundo do entretenimento. Sua paixão por trabalhar em vários setores, como música, marcas, moda, televisão e cinema, faz dela uma combinação perfeita para a equipe empreendedora da UTA.”

“Estou muito animada por me juntar a Jeremy Zimmer e toda a equipe da UTA”, acrescentou Anitta. “Estou ansiosa para trabalhar com eles em todos os aspectos da minha carreira ao lado do meu gerente Brandon Silverstein e da S10 Management.”

Na semana passada, a carioca lançou “Boys Don’t Cry”, que recentemente entrou no Top 50 das rádios Pop estadunidenses, feito inédito para a cantora. A faixa estará em “Girl From Rio”, próximo disco da artista.

Sebastian Yatra abraça a própria verdade em “Dharma”, novo álbum

Durante a entrevista, eu comento com Sebastián Yatra que “Dharma” é seu álbum de liberdade. Ele concorda e, em seguida, pede licença dizendo: “Preciso fazer um tuíte com essa palavra”. Com milhões de seguidores, parece interessado em explorar significados e minúcias.

Lançado na última sexta-feira (28), seu novo projeto reúne 17 canções que passeiam por diferentes gêneros musicais. Se na faixa título, uma colaboração com os já consagrados Jorge Celedón (COL) e Rosário (ESP), ele mistura vallenato e flamenco, em “Quererte Bonito” o violão cria uma atmosfera agridoce, perfeita para uma balada.

Pule para a faixa seguinte, “Tacones Rojos”, e encontre o frescor das pistas eletrônicas da Europa. Alguns passos mais adiante e “Las Dudas”, com Aitana (ESP), revela um peculiar encontro com o rock, aqui mesclado em suas vertentes hispânica e norte-americana. É claro que ele faz do próprio jeito, mas cita The Weeknd como precursor.

Ao encerrar a jornada com “Pareja Del Año”, parceria com Myke Towers, o ouvinte é convidado a dançar um reguetón.

A liberdade, de fato, se estende aos sons elegidos e ao amor, cantado a plenos pulmões sob diferentes ângulos. É ele quem rege esta narrativa de encontros e desencontros e é tema desta entrevista. Por telefone, o cantor falou sobre maturidade, intermináveis buscas sonoras e o sucesso que vem conquistando nos últimos anos ao ponto de ser considerado um dos grandes artistas do pop mainstream exportado pela Colômbia.

***

Papelpop: Você batiza o novo disco como “Dharma”, uma palavra em sânscrito que remete a elevação espiritual, alcance da verdade, compreensão espiritual. O que há por trás dessa escolha?

Sebastián Yatra: Por trás de ‘Dharma’ há muito amor, sentimentos de todo tipo e isso é belíssimo porque fiz um disco baseado em minha realidade. O conceito de ‘dharma’ [termo em sânscrito] é justamente o de “aceitar a realidade existente ao redor”, então, quando o anunciei escrevi que tinha colocado em cada uma das canções emoções como raiva, medo, dor, angústia, felicidade, esperança, fé, entusiasmo, alegria. Existe uma mistura de coisas benéficas e outras malignas e isso, ao meu ver, se refletiu nas faixas. Há músicas que se voltam para emoções muito específicas e que se conectam a ritmos e elementos que dependem do tipo de mensagem que decidi empregar, que queria contar.

O rock vem dessa força motriz que se encontra na raiva? Digo isso porque “Las Dudas”, sua parceria com Aitana, é um pop punk bem tradicional e cumpre tanto essa função de conector, como também a de trazer diversidade ao projeto. 

Acho que sim. Para escrever esta música eu usei algumas referências específicas como o [grupo argentino] Soda Stereo, mas também uma banda espanhola chamada Estopa e outra mexicana, Molotov, que é bem intensa. Foquei bastante no rock latino-americano e no rock espanhol. Eles são bem ‘pesados’ no quesito composição, em alguns momentos cheguei a pensar ‘Olha, isso não soa exatamente como eu soaria’, então fiz meio que um protesto e segui por um viés mais pop, mais suave e próximo do que significa minha essência. Já na hora de gravar e produzir, pensamos no rock clássico norte-americano, além de trazer Aitana, que acaba de lançar um disco inspirado nesta estética. Ela deu um toque especial ao todo. Acho que as pessoas vão gostar bastante.

Do início ao fim me parece um disco feito por alguém apaixonado, não importa por que ou quem, especialmente em se tratando da faixa-título. Você faz uma colaboração com Jorge Celedón, que é um ícone do vallenato, e Rosario, que por sua vez convoca as batidas do flamenco. Como tem visto essa atualização de discursos, de linguagens sonoras consideradas tradicionais, que cada vez mais tem tido aderência por parte de nomes do pop colombiano?

Eu gosto muito, particularmente. E tenho a impressão de que [ao empregar estes ritmos] faço uma viagem musical por outros países também, como é o caso do flamenco, que divide a cena com o vallenato em ‘Dharma’, a faixa-título. A participação de Rosário é muito importante neste sentido. Em ‘Amores Pasajeros’, por sua vez, nós fizemos uma cumbia, que é essencialmente colombiana. Também puxamos referências do rock argentino, mexicanos e espanhol, de bandas que marcaram época. É como se a música pudesse agarrar uma série de riquezas de várias épocas distintas e trouxesse isso até o presente, as pessoas valorizam isso, como valorizam o folclore e os acordes que se distinguem um pouco desta etapa musical em que tudo era básico. Me parecia que quanto menos musicalidade tinha uma canção, mais as pessoas gostavam e agora uma quantidade significativa de ouvintes pede o inverso. Estava ontem mesmo passeando pelo Top 50 do Spotify na presença de amigos e me impressionou como voltou à tona o uso do baixo tocado ao vivo. Não é nada programado, etc. É encantador, supercool.

Por ser um disco apaixonado, há frases e versos que remetem, ainda que inesperadamente, à estética clássica das rádios dos anos 1980 e 1990. O romantismo dessa época, quase magnético, tem algo de especial, não concorda? É bastante frutífero para os músicos…

Totalmente! “Basicamente”, canção que se enquadra nisso que você se refere e abre o disco, por exemplo, nasceu em um momento de certa solitude, só comigo ao violão e a partir de um poema muito bonito. Para mim, a grande magia contida nesta letra está nos versos iniciais que dizem… [ele para e canta] “Luna está sola/tenía un planeta y le paseaban las horas/no era la única en su mar/y es que amar es difícil cuando hay alguién más/Venus le dijo/’No te mereces que hagan eso contigo”. Em seguida, quando entra o refrão você abraça as referências que trouxemos dos anos 1980 de forma mais clara, mas essa música bebe muito na fonte do que outros colegas têm feito nos últimos anos, é o caso do The Weeknd. É uma canção que propõe pensar os sentimentos de verdade. O que eu posso dizer sobre este álbum, Guilherme, é que ele foi feito sem pretensão alguma. Começamos fazendo música que gostávamos, música capaz de me fazer sentido apaixonado, disposto a trabalhar. “Tacones Rojos”, por exemplo, eu a compus no início deste ano me referindo a uma emoção particular e gostaria de compartilhar algo que queria expressar, não necessariamente às pessoas, mas no âmbito pessoal mesmo. Mas acabou gerando uma grande identificação por parte do público, por ser tão honesta.

Pode-se dizer também que este é um disco sobre liberdade.

Sim, exatamente! Preciso fazer um tuíte [ele pega o celular e escreve].

Por falar em honestidade… o que significa se colocar em posição de “melancólico anônimo”? É uma maneira de brincar com isso da desilusão? 

Veja bem. Desde pequeno eu sou bem dramático ao compor minhas canções. Sempre escrevi sobre desilusões e todos esses temas relacionados ao amor. Mas agora vejo que essa pulsão criativa se apresenta de uma forma mais real, escuto letras que dizem coisas do tipo ‘Morro por você’ e não gosto. Você não vai morrer por alguém e essa espécie de ‘hiperromantismo’, tampouco, me parece levarnos a algum lugar. Mas ‘Melancolicos Anonimos’ surgiu logo de cara como uma forma divertida e graciosa de abordar um tema presente na vida de muita gente que é a nossa relação com os nossos terapeutas, com os nossos analistas, ou mesmo com os nossos amigos, que nos ouvem e ajudam a encarar uma série de problemas. Ela resgata a integridade desse processo de superação, de todo esse processo que vai da tomada de consciência até as recaídas, ao ponto em que conhece outras pessoas. Você acertou, não quis assumir esse ponto de vista dramático, triste, mas sim o lado cômico. O vídeo ajuda a simbolizar bem essa ideia de que ninguém se salva disso [risos].

Ia falar justamente disso. Sinto que existe uma complexidade um pouco maior nos temas em que você aborda. O eu-lírico está muitas vezes em confusão, a tensão romântica perpassa várias canções… Ao abraçar tantas perspectivas e cantar até mesmo aquilo que não está bem claro, sente que está mais maduro enquanto compositor? 

Hoje vejo a vida em muitos tons de cinza, é natural que em certo momento você deixe de ver tudo em preto e branco. Os pensamentos e as histórias acabam se tornando mais complexos, já não é tão mais fácil dizer que se sente isso ou aquilo, ou dizer apenas que sim ou que não. O ser-humano, à medida que vai envelhecendo, vai mudando a própria cabeça e você precisa ser honesto ao se expressar. Chega um ponto também em que nos cansamos e tomamos decisões que nos libertam, nos fazem conectar com as nossas essências, com outros níveis de consciência. O que acho espetacular. Não dá pra dizer ou fingir que não existiu toda uma parte nebulosa antes, e não dizer que você se percebeu em outras fases da vida, que isso gerou canções.

Não posso me despedir sem citar o sucesso de “Encanto”. Acabo de ver que “We Don’t Talk About Bruno” conquistou vários feitos no Reino Unido, as previsões de charts também são excelentes para os Estados Unidos… na versão em espanhol você canta “Dos Oruguitas” e, certamente, deve estar muito feliz com a repercussão. Esperava que tivesse todo esse êxito, especialmente em se tratando de um filme não hegemônico, que evoca tanto amor e respeito pela Colômbia?

Desde a primeira vez em que ouvi falar de ‘Encanto’ me percebi completamente apaixonado. Por isso digo hoje que fazer parte deste projeto foi uma das coisas mais bonitas que a vida me permitiu viver. Obviamente, eu evito criar esperanças de que um filme ou um disco em que esteja envolvido vai conseguir um sucesso fenomenal como está acontecendo, mas acredito agora que isto está apenas começando. Por exemplo, hoje é dia 21 de janeiro e o filme estreou na Disney+ há pouco mais de duas semanas, então, pensar a quantidade de crianças que a está assistindo ininterruptamente e a mensagem que carrega em si é pensar também no viés da realidade. Não se trata de uma história sobre príncipes e princesas, e sim de uma família comum e como se sente seu membro mais “normal”, por assim dizer. Em certa altura, cada um de nós vai perceber, como no filme, que a magia está dentro de cada um – e isso é muito simbólico.

***

Natura Musical: edital 2022 contempla projetos de Jup do Bairro e mais

Uma das maiores iniciativas de fomento à cultura brasileira, o edital Natura Musical revelou nesta segunda-feira (31) os nomes dos 33 selecionados para sua próxima edição.

No total, serão 19 artistas e 14 coletivos patrocinados, todos com a premissa de fundamentar um panorama mais amplo da cena contemporânea, de modo a destacar a diversidade de gêneros, linguagens e formatos.

Do samba ao pagode, do rap ao pop e dos pequenos aos grandes festivais, o edital contempla com especial força neste 2022 a musicalidade de povos originários e seu engajamento natural em pautas como a sustentabilidade, tema prioritário no debate relacionado à emergência do clima. Destacam-se, por exemplo, a artista indígena não-binária Kaê Guajajara, que embarca Brasil afora com a turnê do disco “Kwarahy Tazyr”. Está previsto ainda um documentário centrado nos bastidores da excursão.

Além dela, foram selecionados o grupo musical Marujos Pataxó, que deve lançar um disco com canções de samba autoral.

Entre cantos tradicionais do povo Aranã, ritmos eletrônicos e os saberes do Vale do Jequitinhonha, o artista mineiro Djalma Ramalho prepara um álbum virtual batizado como “KUPARÁ“.

No âmbito pop, a cantora Jup do Bairro estreia, por sua vez, um longa-metragem musical baseado no álbum “Corpo Sem Juízo”. O projeto recebeu o título de “JUÍZO FINAL”. Estão listados ainda projetos de estados como Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Abaixo, você confere a relação completa.

NACIONAL

III Mostra Pankararu de Música (PE)

Iniciativa do povo Pankararu, realiza capacitação profissional, shows e imersão artística na Aldeia Bem Querer de Cima, em Pernambuco.

Amazônia Negra (RO)

Em Amazônia Negra, a fotógrafa, cantora e compositora Marcela Bonfim, narra seu encontro com as águas dos rios Madeira, Guaporé e Pacaás. Com oito canções, o álbum traduz aspectos que marcam a musicalidade das estórias, memórias, legados e sentidos atravessados pela artista na busca de suas origens, aos poucos encaixadas em métricas e composições da Amazônia enegrecida.

Billy Saga (SP)

O artista paulistano Billy Saga, que já soma uma trajetória de duas décadas de dedicação ao rap e ao ativismo social, lança Ambigrama, álbum inédito composto por oito canções. 

Elisa Maia (AM)

A música autoral no Amazonas é a tônica do trabalho da cantora e compositora Elisa Maia. Em seu novo álbum a artista reúne parcerias e propõe vivência de criação com a cantora Karen Francis e o rapper Ian Lecter. Elisa também lança a documentação do processo criativo em conteúdos audiovisuais.

Favela Talks (DF)

Desdobramento do festival Favela Sounds, Favela Talks é o primeiro ambiente de mercado voltado exclusivamente à música de periferia a ser realizado no país. Reúne artistas, startups, agentes e empresários criativos de comunidades do Distrito Federal e do Brasil para quatro dias de atividades voltadas ao fortalecimento dos mercados culturais das periferias.

Festival de Música Kariwa Bacana (AM)

O festival de música, que acontece em Manaus, promove encontros entre a produção musical indígena contemporânea e o trabalho de artistas nascidos na Amazônia urbana. A programação do festival conta com shows e rodas de conversas com nomes como João Paulo Barreto, Ângela Mendes e Uýra Sodoma.

Jup do Bairro (SP)

A multiartista Jup do Bairro lança o longa-metragem musical JUÍZO FINAL. Cruzando teorias de Freud até Sidarta Ribeiro, o filme é a realização de um sonho compartilhado enquanto ferramenta para se desenhar futuros. O repertório pensado para a trilha sonora desta produção será totalmente inédito e a artista prevê participações especiais ao longo de toda a obra.

Kaê Guajajara (RJ)

Kwarahy Tazyr é o álbum que conta a trajetória de Kaê Guajajara, artista indígena não-binária. Durante a turnê de lançamento do disco, a cantora promoverá a captação de imagens para um documentário chamado Vivências Invisíveis: autoestima para além das margens. 

Labverde (AM)

Por meio de residências artísticas, o LABVERDE expande os limites da música local, aliando a bioacústica, o field recording, a cultura oral e os cânticos ancestrais, para a construção de uma nova paisagem sonora para a Amazônia. O projeto se propõe a realizar intercâmbios e colaborações entre artistas e fomentar a troca entre profissionais da Região Amazônica, apoiando discussões que refletem o contexto ambiental, social e político da Amazônia hoje.

MINAS GERAIS

Casa Sonora

É uma realização do Festival Sonora, rede nascida a partir de uma iniciativa da compositora Deh Muss. É um espaço com foco no desenvolvimento e potencialização de conexões entre mulheres que atuam no mercado da música. Localizada em Belo Horizonte, onde a rede nasceu, a Casa Sonora promoverá uma residência artística, palestras, atividades de formação e shows.

Djalma Ramalho

O ator, poeta, artesão e performer mineiro, Djalma Ramalho, lançará o álbum audiovisual KUPARÁ, que tem como premissa garantir a renovação, a preservação e a difusão de saberes e práticas tradicionais do Vale do Jequitinhonha. As canções que integram a obra mesclam cantos e ritmos tradicionais do povo Aranã à letras autorais e ritmos eletrônicos futuristas.

Maíra Baldaia

Multi-instrumentista, cantora e atriz, a mineira Maíra Baldaia lança Obí (do Yorubá, significa mulher ou fêmea), álbum pautado em um recorte dual acerca da mulher contemporânea que carrega ancestralidade em sua essência. O disco conta com participações de nomes como Marissol Mwaba, Marina Sena e Djonga.

Sérgio Pererê 

Ao longo de sua trajetória, Sérgio Pererê construiu um elo entre a música tradicional africana, ao misturar ritmos como o catopês, as marujadas e moçambique ao swingue do jazz, blues e do soul. O cantor e multi-instrumentista mineiro lançará um disco de canções inéditas e um mini-documentário que acompanha a criação das faixas.

Tavinho Leoni

Com apenas 18 anos e uma longa trajetória, o belo-horizontino Tavinho Leoni é representante da nova geração do samba mineiro. O multi-instrumentista, que se inspira em nomes como Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Sorriso Maroto, Aline Calixto, planeja o lançamento do primeiro álbum.

Trem Tan Tan apresenta: Trem Negreiro

O grupo musical Trem Tan Tan tem mais de duas décadas de trajetória artística. É formado por um coletivo de compositores portadores de sofrimento psíquico e propõe a inserção social, o resgate da cidadania de pessoas com sofrimento psíquico e o tratamento antimanicomial. O coletivo, com a liderança de Babilak Bah, fará a gravação do álbum Trem Negreiro, com dez canções autorais, além de oficinas musicais e videoclipes.

PARÁ

Azuliteral 

Cantora e compositora, Azuliteral trabalha no álbum autoral Nossas Tramas. O ponto de partida do disco é inspirado na coletânea Trama das Águas, obra que reúne o trabalho de 57 mulheres paraenses (nascidas e/ou criadas em território paraense) de diversas identidades sexuais e étnicas, materializadas em contos, poesias, ilustrações e fotografias. As histórias serão transformadas em músicas e videoclipes.

Daniel ADR

Considerado um prodígio na cena do rap paraense, Daniel ADR começou a rimar ainda na escola e, em 2014,  foi considerado o melhor MC do Pará pelo Duelo Estadual de MC’s. Além da música, Daniel também é beatmaker e produtor cultural, atuando como organizador da Batalha de São Braz. O artista prepara um novo disco de inéditas, Black Christ, que retrata a vivência do rapper, um jovem negro, gago e bissexual.

Elas No Comando

Com o propósito de dar mais visibilidade e conectar as mulheres que atuam no mercado da economia criativa, Elas no Comando reúne profissionais de diferentes áreas culturais em sete dias de eventos online e presenciais. A programação inclui rodas de conversas, pocket shows, curadoria e exibição de videoclipes e oficinas formativas.

Flor de Mururé

Flor de Mururé é cantor, compositor, multi-instrumentista e umbandista transgênero amazônida. Em 2019, o artista lançou seu EP de estreia, Eu Sou Flor. Agora, trabalha na concepção do primeiro álbum de estúdio e um curta-metragem que registra o processo criativo do artista.

Festival Lambateria

Com a proposta de apresentar os diferentes gêneros musicais do norte do Brasil, o Festival Lambateria reúne em Belém a cultura latino-amazônica com uma programação repleta de cultura paraense em pleno mês de outubro. Tem danças e comidas típicas do Pará, além de oficinas de capacitação para o mercado da música. Em 2022, os shows do Festival ganham um produto audiovisual com os melhores momentos e alguns dos artistas participantes gravam uma coletânea com cinco canções inéditas.

Raidol 

Cantor e compositor, o artista Raidol é considerado um dos representantes da nova cena da música pop amazônida. Com três EPs lançados, Raidol planeja o lançamento de Mandinga, seu primeiro disco de estúdio.

BAHIA 

Casa do Hip-Hop Bahia

A Casa do Hip-Hop é um espaço de referência sócio-cultural e articulação estratégica da cultura hip-hop e da juventude negra do estado da Bahia. Localizada no Pelourinho, é um polo de formação e produção que trabalha com arte-educação, empreendedorismo e inovação, estimulando carreiras artísticas, pesquisa, aperfeiçoamento de técnicas e trabalho coletivo, com a perspectiva de contribuir com a superação das desigualdades socioculturais e raciais. A Casa do Hip-Hop realiza oficinas formativas, shows, mostras e podcast.

Cronista do Morro

Com versos retos e muito swing, a cantora e compositora Cronista do Morro é uma revelação do hip-hop/trap. A rapper soteropolitana trabalha no produção e lançamento de seu primeiro disco, que terá rimas inspiradas na sua vivência enquanto uma uma mulher preta, periférica, lésbica, que se confronta cotidianamente com a violência, precariedade e conflitos sociais.

Festival Pagode Por Elas

O Pagode Por Elas (PPE) é uma plataforma que surgiu em 2019, sendo o primeiro canal de conexão, entretenimento e informação voltado às mulheres do pagodão baiano. Após dois anos de atuação, acontece a primeira edição do Festival Pagode Por Elas, com o tema A Nova Década do Pagodão, envolvendo ações de produção, formação e promoção de mulheres cis, trans e pessoas LGBTQIA+ no pagode.

Marujos Pataxó 

Festival Itinerante com shows do grupo musical Marujos Pataxó, formado por artistas da Terra Indígena Barra Velha, aldeia localizada no município baiano de Porto Seguro. O projeto ainda prevê a gravação de um disco com canções de samba indigena autorais, documentário, feira cultural e oficinas musicais.

Os Tincoãs

A obra dos Tincoãs se inscreve no compêndio de matrizes musicais afro-brasileiras, sendo reconhecida dentro e fora do país como um legado cultural do Brasil. Em 2022, Mateus Aleluia promove o lançamento do álbum inédito Os Tincoãs – Canto Coral Afrobrasileiro, gravado em 1982 no Rio de Janeiro. Com arranjos e regência dos maestros Leonardo Bruno e Armando Prazeres e participação do Coral da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,

a obra ficou guardada durante 40 anos e chega aos ouvidos dos fãs em formato digital e vinil.

Ventura Profana

Jovem artista-travesti, negra e nordestina, Ventura Profana busca questionar os paradigmas baseados nos termos da cultura euroamericana, colonial, heterocentrada e cisnormativa dominante. Em Procure Vir Antes do Inverno, primeiro álbum visual da multiartista, Ventura Profana trata da habilidade de “não perder a fé e nunca morrer”. O trabalho tem produção musical de MV Hemp e Mahal Pita, além de participação de Mateus Aleluia.

RIO GRANDE DO SUL

As Águas São Nossas Irmãs
O álbum visual Goj tej e goj ror – As Águas São Nossas Irmãs é um trabalho do povo Kaingang, que narra o encontro das águas e terras do território indígena de mesmo nome, que se espalham pelo Sul e Sudeste do Brasil, das extensas Matas de Araucárias, aos rios Uruguai e Paraná.

Cristal

A porto-alegrense Cristal Rocha é considerada uma das revelações do hip-hop gaúcho. Aos 19 anos, a artista trabalha na concepção de seu novo álbum pautado na estética afrofuturista e com referências a black music. O lançamento do disco será acompanhado de um curta-metragem roteirizado pela artista.

Festival Rap Contra o Frio 

Com o objetivo de fomentar e incentivar a cena do hip-hop do extremo sul do Rio Grande do Sul, o Festival Rap Contra o Frio promove apresentações musicais de artistas locais, oficinas de produção musical e workshop de gerenciamento de carreira na cidade de Rio Grande, localizada no extremo sul brasileiro.

Festival Cabobu – A Festa dos Tambores 

O Festival, idealizado e executado pelo compositor, percussionista e agitador, mestre Giba Giba, reúne grupos de música e dança populares de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O Cabobu mostra para a sociedade gaúcha que existe uma cultura negra rica e plural no estado, tendo o tambor de sopapo como o centro dessa iniciativa. A terceira edição do evento reunirá shows, oficinas e ações formativas.

Ianaê Régia

Ianaê Régia é performer, cantora de R&B e estudante de Música Popular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No projeto AFROGLOW, a artista pretende fortalecer a rede de apoio afro-gaúcha, utilizando como alicerces a militância por via do autocuidado, a decolonialidade, a beleza, a finésse e a emancipação da cultura preta.

Laddy Dee

Aos 40 anos, Daiane Vieira Moraes, conhecida como Laddy Dee, lança seu primeiro álbum de estúdio. A obra é composta por uma coletânea de músicas autorais que a artista desenvolveu ao longo de 20 anos de carreira. No trabalho, ainda sem título, a rapper rima sobre temas como negritude, diversidade sexual e feminismo.