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Gloria Groove evoca raízes da zona leste de SP no single “BONEKINHA”

Esta quinta-feira, 17 de junho, marca o início de uma nova era na carreira de Gloria Groove. O single “BONEKINHA” acaba de chegar nas plataformas digitais. Representante artística da comunidade LGBTQIA+, a cantora escolheu a data de hoje a fim de celebrar o mês do orgulho queer.

O single que inaugura os trabalhos do álbum “Lady Leste” faz um encontro rítmico inusitado: une o mandelão dos fluxos com o rock’n’roll. Para criar o universo visual e sonoro desta nova fase, a drag queen revisitou o passado como forma de reafirmação, pegou referências da adolescência e se inspirou nas mulheres de sua vida, que a criaram e estão ao seu lado na jornada musical.

Nascida na Vila Formosa, zona leste de São Paulo, a artista contou ao Papelpop detalhes sobre o tributo feito no novo trabalho, em coletiva realizada na tarde de hoje:

“‘Lady Leste’ é, sem dúvida, uma forma de celebrar as nossas conquistas. Faz todo o sentido na fase em que estou sendo mais vista, eu apontar para a minha história. Mostrar pra você e falar ‘Tá achando incrível? É daqui que eu vim, essa é minha história, esse é o meu rolê’. Essa é a força que acho que ‘Lady Leste’ tem, com esse nome metade em inglês, metade em português que tem o poder de globalizar ao mesmo tempo que enraíza, e te dá a sensação de que está em casa. Desde “O Proceder”, que é o meu primeiro álbum, eu venho reafirmando esse meu amor e orgulho de ser uma pessoa que vem da zona leste. Lady Leste é um jeito de celebrar isso em CAIXA ALTA. Dedicar uma era a esse alter ego, que não podia se diferente. As mulheres que vivem a minha volta e que me criaram, criaram a Lady Leste. Ela é um produto desse amor.”

O clipe, que estreia amanhã ao meio-dia, trará uma sequência estonteante de referências aos anos 2000. Carregado de nostalgia, o registro audiovisual apresenta elementos como o quarto forrado de pôsteres e adesivos, o celular V3 rosa, o passeio da lan house, a azaração na rua, na praça e na quermesse. Existe até um trecho cinematográfico e cyberpunk da queen pilotando uma moto numa referência à famosa Radial Leste.

Bateu a curiosidade? Dá uma olhada na prévia divulgada pela musa:

 

A escolha de “BONEKINHA” como o primeiro lançamento de “Lady Leste” veio para aclimatar tudo o que vem pela frente. Tanto na estética, como na sonoridade. Gloria cita que o single é uma forma de dar as boas vindas ao universo de seu alter ego. O codinome foi criado como uma homenagem ao poder do feminino e também, como dito acima, às mulheres do seu entorno. Ao contar, ela brinca que “se tem a Lady Gaga e a Lady Night, por que não a Lady Leste?”

De acordo com a artista, o próximo disco será o mais pop da carreira, mas também terá uma veia forte do rock em termos de atitude e nas pinceladas de guitarra em certas faixas. Para o caldeirão de ritmos, ela disse que, assim como na moda, ela adora brincar com texturas. O que propõe no projeto é fazer experimentações musicais e inovar. Já está confirmado que o álbum terá gêneros como o funk, o trap, o hip hop, o EDM [electronic dance music], o reggaeton e a rasteirinha. A escolha vem também de um saudosismo, já que foram ritmos que consumia na adolescência.

Foto: Rodolfo Magalhães

Foto: Rodolfo Magalhães

Ao ser questionada sobre número de canções e data de estreia do disco, Gloria revelou que o projeto ainda está em processo de desenvolvimento. Algumas músicas já foram gravadas, mas ainda há espaço para colaborações e músicas que não fazem parte do planejamento atual.

Ouça “BONEKINHA” nas plataformas digitais:

Spotify | Deezer | Apple Music

Velejante e Clara x Sofia lançam a música “Não Falta Mais Nada”

Do encontro da banda Velejante com Clara x Sofia, a música “Não Falta Mais Nada” foi lançada nesta quinta-feira (17). Ela se coloca como um respiro necessário, uma pausa para entender que às vezes já temos o que precisamos.

“‘Não Falta Mais Nada’ é aquela canção que te faz chorar. Não sei se pela letra, melodia, harmonia ou pelo coro poderoso de vozes. Mas algo nela é mágico e reconfortante. Cantamos sobre o simples fato de que, com amor, de nada mais precisamos”, disse Clara Câmpara em nota.

Guilherme Nagli, da banda, acrescentou: “Minha escola na música foi sentar no chão, fazer roda, ouvir e cantar junto das outras pessoas. Essa foi a sensação que a gente buscou pra essa música”.

O produtor BAKA Dekai (Rosa Neon) propôs a parceria. O resultado foi a junção dos vocais doces e pontuais do duo com a sonoridade acústica da banda. Três vozes, um violão e várias camadas criam um clima sereno com versos sutis.

Confira:

Spotify | Deezer | Apple Music

Essa é apenas uma das novidades que os artistas prometem entregar em 2021. Velejante já está com o próximo álbum gravado, enquanto Clara x Sofia inicia a jornada de lançamentos do primeiro disco no segundo semestre deste ano.

Pabllo Vittar revela capa e data de lançamento de “Batidão Tropical”

Ela está vindo com tudo! Pabllo Vittar divulgou a capa do próximo álbum, “Batidão Tropical”, na tarde desta quarta-feira (16). O disco chega nas plataformas digitais na semana que vem, em 24 de junho, às 21h.

Após promover uma verdadeira gincana com os fãs ao indicar que a imagem estaria escondida no Spotify, a musa fez a publicação apresentando o aspecto visual do próximo trabalho. Dá uma olhada:

 

Durante a coletiva de lançamento de “Ama Sofre Chora”, a artista comentou que o “novo álbum que está vindo cheio de brasilidade, de reafirmação”. O produtor Rodrigo Gorky fez coro: “É o disco mais Brasil que a gente já fez até hoje. Lógico, a gente tem as nossas influências, acaba pegando aqui e ali, mas o disco é muito brasileiro”.

Fafá de Belém faz live com temática junina na próxima semana

Fafá de Belém convocou os fãs a pular a fogueira de São João no próximo dia 24 de junho. A artista, ícone da música popular brasileira, realiza nesta data uma live com temática junina em seu canal no YouTube.

A apresentação acontece às 20h e conta com a participação da filha, Mariana Belém. Já o repertório, por sua vez, deve trazer clássicos das festividades como “Olha pro Céu”, “São João Menino”, “Cai, Cai Balão” e “Carneirinho Carneirão”.

“Eu lembro da gente fechar a rua, cada vizinho trazer uma comida diferente e de montarmos a fogueira no meio da rua”, diz Fafá, nascida em Belém do Pará e assumidamente influenciada pelas marcas deixadas pelo São João na cultura do Norte e Nordeste. “São João é a festa que junta todos os Santos e essa época do ano anima demais meu coração”

Spoilers também foram revelados: Além de utilizar um espaço maior para a realização do show, Fafá deve contar ainda com um cenário ornado com fogueira e fogão a lenha, este último usado para a preparação de receitas típicas na hora. Tocam com ela os músicos Sandro Haik, Lulinha Alencar, Elthon Moras e Vinicinho.

O disco mais recente da música, “Humana”, chegou em 2019 e está no streaming.

Péricles e Liniker anunciam parceria em “O Melhor do Mundo”

Na noite de segunda-feira (14), Péricles anunciou “O Melhor do Mundo”, single em parceria com Liniker. A faixa deve chegar nas plataformas digitais em 17 de junho, às 21h.

O cantor publicou uma foto reunido com a artista para contar a novidade. Dá uma olhada:

 

Recentemente, Péricles esteve na canção “Primeiro Beijo” ao lado da banda As Baías. Com direito a um romântico videoclipe, a canção foi lançada na última sexta-feira (11).

Já Liniker estreou “Baby 95”, um MPB que conta com elementos de samba, também na semana passada.

“O Melhor do Mundo” chega em dois dias. Garanta o pre-save no streaming por aqui.

Mallu Magalhães lança o álbum “Esperança” e clipe “Quero Quero”

Aos 28 anos, Mallu Magalhães lançou o quinto álbum de estúdio nesta terça-feira (15). O projeto se chama “Esperança” e contém 12 faixas, responsáveis por mostrar como ela re(descobriu) o que a fez artista desde a infância até a maternidade.

Como se isso já não bastasse, ainda acabou de ser estreado no Youtube o clipe da faixa “Quero Quero”. Filmado no auge do lockdown, ele surgiu da vontade de dançar em casa e fugir um pouco da realidade.

“Fiz uma campanha no Instagram e o pessoal me enviou vários vídeo dançando a música ou apenas curtindo algum hobby em casa”, contou Mallu em nota. A edição, que tem uma estética bem caseira, foi feita por ninguém menos que Bruno Ilogti.

Confira o resultado:

O álbum completo você ouve aqui:

Spotify | Deezer | Apple Music

Gilberto Gil canta com Juliette em live junina, no último domingo (13)

No último domingo (13), data em que se celebra o Dia de Santo Antônio, Gilberto Gil realizou uma live junina com transmissão pelo Globoplay e Multishow. Começando às 18h, o show trouxe o cantor em um palco decorado com balões de papel.

Entre os convidados, estava ninguém menos que Juliette Freire, vencedora do BBB21. A maquiadora já chegou soltando a voz e impressionando todo mundo com “Asa Branca”, sucesso de Luiz Gonzaga.

 

Ao fim da primeira música, Juliette acabou se emocionando e arrancando lágrimas de Gilberto Gil. Com a voz embargada, ele confessou: “Que maravilha ter você aqui também. Você que cresceu com essas festas tão maravilhosas. Ai, eu também fico emocionado”. “Deixa chorar”, pediu antes de tocar os primeiros acordes de “Estrela”.

 

 

A live junina continuou com “Esperando na Janela”, sendo a terceira e uma música na qual Gil dividiu os vocais com Juliette. Ali, os dois deixaram a descontração fluir, se jogando na dança. Confira mais um trecho da apresentação:

 

O repertório do show teve como foco os ritmos forró, xaxado, xote e baião. Ele combinou canções de Gil, Luiz Gonzaga e Dominguinhos, trazendo “Olha para o Céu, Meu Amor”, “Vem, Morena”, “Paraíba”, “Respeita Januário”, “O Xote das Meninas” e muito mais. Já queremos outra!

MC Zaac fala sobre primeiro EP da carreira

Em 2016, quando os bailes nem sonhavam em ser restringidos por uma pandemia, “Bumbum Granada” fazia o público fervilhar. Foi a primeira música de sucesso de MC Zaac, que ainda tentava conciliar um desejo de vida na cena artística com um emprego para pagar as contas. Foi a batida somada à identidade vocal que colocou o paulista no radar dos amantes de funk.

Não à toa, Zaac decidiu apostar de vez no universo musical e emplacou outros hits após aquele ano tão divisor de águas. Já em 2017, por exemplo, ele voltou a se destacar com o lançamento de “Vai Embrazando”. Depois, ao lado de Anitta, Tropkillaz, Maejor e DJ Yuri Martins em “Vai Malandra”, provou que veio com todas as intenções de ficar. E ficou.

Novas parcerias começaram a surgir e Zaac, é claro, só podia aproveitar. O cantor e compositor colaborou com nomes como Ivete Sangalo, Major Lazer, J Balvin e Tyga. Já dividiu canções com Luísa Sonza, Tove Lo e Anitta (de novo). Acabou provando certa diversidade musical, mas sem perder de vista a própria fidelidade jurada ao funk brasileiro e seus bailes.

Para dar continuidade à vida na música e alçar novos voos, Zaac lançou “Linha de Frente” como o primeiro EP visual da carreira. Há aproximadamente três semanas, em 26 de maio, o projeto entregou três faixas inéditas e dançantes para ser o pontapé inicial de uma nova era vivida pela voz e pelo autor que uma vez conquistou o público com “Bumbum Granada”.

Em entrevista ao Papelpop, MC Zaac relembrou a jornada traçada até o lançamento do primeiríssimo EP. Ele compartilhou todos os detalhes da construção de “Linha de Frente”, além de revelar planos para álbum e novas parcerias.

Queria começar falando sobre sua trajetória. Seu primeiro single chegou às plataformas digitais em 2016, mas imagino que seu interesse pela música seja mais antigo. Como e quando você se deu conta que realmente queria investir em uma carreira artística?
Eu sempre tive esta mania de não querer ficar quieto, de querer buscar coisas diferentes para fazer. Em 2010, eu comecei a correr atrás da música. Uns amigos de escola faziam muitos vídeos na laje, cantando, improvisando e [criando] medley. Aquilo me inspirou. Comecei a fazer meus vídeos – tem uns na internet que nem é bom procurar [risos] -, a escrever letra e a fazer freestyle. Eu estava trabalhando de ajudante geral em uma empresa [na época] e comecei a ver as coisas de outra forma. Eu nem conseguia ter cabeça para trabalhar porque ficava pensando: “não, cara, tenho que produzir essa música”. Acabei pulando de empresa para empresa porque surgiram uns shows – só para eu botar a cara, era tudo de graça mesmo – que acabavam 3h da manhã. Eu tinha que acordar às 5h da manhã para trabalhar. Esse tipo de rotina não estava rendendo para as empresas. Fui vivendo disso e conheci alguns empresários. Depois, conheci o Jerry [Smith]. Eu e ele sempre gostamos muito de mexer em programas de vídeo, fazíamos várias beats e íamos mostrar no baile. A gente sempre ouvia o que tocava nos bailes de rua e falava: “pô, bora fazer algo nessa pegada aqui”. Foi quando fizemos “Nos Fluxos”, uma música que estourou e falava dos bailes da comunidade. A gente começou a brincar com essa linguagem e continuou no estúdio. [“Nos Fluxos”] Tinha uma letra um pouco picante, tinha um pouco de ousadia [risos]. Aí eu virei para Jerry: “vamos fazer uma música light agora pra gente poder mostrar para os nossos pais sem constrangimento?” [risos]. Aí fizemos “Bumbum Granada”, que mudou muito a minha vida. Eu podia ter o meu trabalho e usar o tempo livre para viver de música, mas eu não conseguia viver daquele jeito. Eu inverti tudo: precisava trabalhar para pagar conta, mas, f*da-se, fui viver de música [risos]. Nessa época, sem ser remunerado, passei um período muito difícil em que alimentação era escassa e eu sempre usava a mesma roupa. Eu ficava constrangido. Tudo bem, era meu corre, mas era muito difícil. A semana em que a música começou a tocar nos carros foi quando eu falei com Deus. Eu acredito muito em Deus e ia na igreja pedir para dar certo. Estava quase desistindo, mas rolou a virada. Em 2016, o registro de “Bumbum Granada” estava no Spotify.

O que você acha que fez “Bumbum Granada” estourar, conquistar o público naquele momento?
Eu acho que as vozes eram muito diferentes para a época. A gente veio com uma identidade vocal em “aí, mano Zaac, eu vou pro baile do favela”. O beat também era super envolvente e a música era diferente. Quando a gente fez, eu fiquei pensando: “será que essa música é boa mesmo? Será que é doideira?”. Não foi nem questão de insegurança, foi mais uma estranheza mesmo. Mas aí aconteceu, teve o boom. A música agradou muita gente, alcançou muitos espaços. Todo mundo queria escutar.

Depois de “Bumbum Granada” e muitos outros singles, você lançou “Linha de Frente” como seu primeiro EP. O que te fez perceber que era a hora de pausar os lançamentos “soltos” e apresentar esse compilado?
O EP “Linha de Frente” é só uma linha de frente mesmo, um pontapé inicial, porque acho que um álbum fala mais sobre um artista. Um single, às vezes, é só um single. Não tenho como me expressar muito através de um único som. Então, EP e álbum dão mais história. Em “Linha de Frente”, eu quis passar a minha identidade e essência. Adoro música dançante, gosto daquela que mexe com o corpo e faz você querer dançar. Tento sempre levar isso para o meu som. Eu sempre observava “Desce Pro Play”, por exemplo. A galera gostou daquela pegada, que era meio um hip hop dos anos 2000. Mas e aí, acabou? Eles só vão ter que ouvir “Desce Pro Play”? Eles precisam de mais opções, algo para se aprofundarem mais. Sempre trabalhei com single, eu sei como é, então eu queria trabalhar com esse outro lado para saber como é também.

Se “Linha de Frente” funciona como o pontapé inicial deste novo momento da sua carreira, podemos dizer que o próprio título tem relação com o fato de ser o seu primeiro EP? Me explica a escolha desse nome.
Tem muita relação. Na hora de analisar todas as três músicas, pensamos em qual seria o nome do EP. Aí vimos “Linha de Frente” e falamos: “se esse é o primeiro trabalho que não é um single, então, é uma linha de frente, é o pontapé inicial para fazer coisas diferentes”. “Linha de Frente” também é uma das minhas músicas preferidas. Gosto de “Sem Compromisso” e “Bota Bota”, mas eu gosto de “Linha de Frente” porque tem uma pegada muito diferente. Aí ficou desse jeito.

Então a faixa surgiu primeiro e acabou trazendo uma certa inspiração para o EP. Como foi o processo de construção desse compilado, de combinação das músicas? Você tinha um conceito em mente?

Para o EP “Linha de Frente”, eu não busquei dar muitas opções. Fiz tudo na mesma pegada porque eram três músicas. Não dava para soltar uma mais pop e outra mais funk, eu não conseguiria expressar tudo com apenas três. O processo inicialmente veio nesse período difícil de pandemia que tenho passado no estúdio. Eu adoro estúdio – se pudesse ficar lá dois, cinco dias seguidos, eu ficaria. Sempre estando lá, eu sempre estou fazendo música. Só para você ter noção, eu devo ter umas cem músicas feitas. Vou fazendo e analisando. Fiz [“Sem Compromisso”] com PK, MC Ryan, DG e Batidão Stronda. Quando fiz minha primeira visita ao estúdio do DG, ele me mostrou essa música e surgiu a parceria. Depois, comecei a juntar: “essa ‘Bota Bota’ combina, “Linha de Frente’ também. Acho que dá pras três virarem um EP”. Meti marcha. Minha intenção para o álbum, que é uma coisa que tenho pensado muito, é trazer um conceito com uma faixa de um jeito, uma faixa de outro jeito. Meus singles são assim. Eu tenho música com Ivete, com Anitta, com Cláudia Leitte e por aí vai. Tenho uma diversidade muito grande e eu quero expor essa verdade.

Como o EP é visual, as três faixas ganharam clipes. Como foi essa transformação para o audiovisual?
A gente está vivendo uma era em que muitas músicas estão sendo soltas com visualizer, loopings, aqueles vídeos que se repetem. Eu gosto muito dessa vibe, que é muito dinâmica, que as pessoas consomem e que está dando certo. Nessa visão, a galera da MKX e a minha equipe toda sentaram e começaram a pensar: “e se a gente fizesse um looping como se fosse um clipe para as demais músicas? A gente solta ‘Sem Compromisso’ com o clipe principal e as outras duas a gente faz um clipe em formato de looping”. Eu achei incrível e falei: “vamos fazer”. Fizemos! Eu gostei muito do resultado. Acho que a gente sempre está procurando o diferente, algo que vai chamar a atenção.

“Linha de Frente”, além de trazer o peso de ser o primeiro EP de sua carreira, chega em plena pandemia do coronavírus. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou durante o desenvolvimento desse trabalho?
Acho que o maior desafio é não ter contato com o público, não poder sentir o calor, não estar na estrada. Ter o contato com as pessoas, no meu estilo de música, me ajuda muito a entender o que elas gostam. Hoje, graças a Deus, temos TikTok e vários outros meios em que a galera se expõe dançando, o que é um alívio para a gente e torna este momento tão difícil um pouco mais leve, na medida do possível. Outro desafio é saber até quando vamos viver assim. Mas, na hora de criar, eu tento desligar a cabeça disso para fazer as pessoas se divertirem, dançarem e serem felizes. “Linha de Frente” é uma das músicas que eu mais gosto porque fala mais ou menos disso. “Se quer jogar vem com a gente / Beat embrazado na mente / Tá dançando de repente / Quando vê já foi / Sei que tu é linha de frente / Bora fazer diferente / E deixar o perreco / Pra depois, pra depois / Bota no som que tu gosta / E mostra sua energia / Manda a tristeza ir embora / Quem segura essa menina / Mandando nos passim bolado / Fácil, fácil contagia / Bunda vai mexer sozinha”. Não dá para ficar parado e essa é a minha proposta. Acho que até quando eu tento fazer uma música triste, ela sai dançante [risos].

Falando em mídias sociais como o TikTok, você acumula mais de 580 milhões de streams apenas no Spotify e 1 bilhão de visualizações no YouTube. Nesta “era do streaming”, números têm sido muito importantes para medir sucesso e a recepção do público. Como tem sido essa experiência e o que esse reconhecimento significa para você?
É o que me engaja e me motiva muito. Todos esses números me impressionam até hoje. O clipe de “Bumbum Granada” tem mais de 500 milhões de visualizações, “Vai Malandra” tem 400 milhões. Bati 200 milhões de streams no Spotify com “Vai Malandra”. São números que eu jamais pensei [que fosse alcançar]. Ver isso me traz mais certeza de que estou entregando o que a galera quer ouvir. Como a gente não tem o contato físico nos dias de hoje, esse contato [digital] é como se eles estivessem me abraçando e dizendo “é isso aí”.

O funk tem vivido um momento muito próspero em que artistas como Kevin O Chris e Anitta têm levado o gênero para fora do Brasil. Você mesmo tem feito colaborações internacionais com Major Lazer, J Balvin, Tropkillaz e Tove Lo. Como tem sido a recepção do seu trabalho lá fora?
O funk tem essa facilidade de ir para fora pelo estilo de dança, pela batida, por ter uma característica tão própria do Brasil. Para mim, isso é bom para caramba e é um cala boca para as pessoas do nosso próprio país que ainda tem preconceito. Fico feliz com a expansão do funk. Sempre que tem projetos nessa intenção, eu aceito de portas abertas e vou para cima. Meu foco é devolver para o funk o que ele me deu. Quero retribuir tudo que eu consegui através dele. Quando Tove Lo, que é uma artista incrível, me deu a oportunidade de gravar, eu fiquei muito feliz. E estou aqui com o Tropkillaz fazendo mais uma.

Pensando no título do seu EP, nas parcerias que você já fez, em gente que você admira ou sonha em colaborar um dia. Quem você colocaria na sua linha de frente?
Uma das influências maravilhosas que eu tenho e quero seguir é a minha parceira Anitta. Ela é demais. Eu gosto de tudo que ela faz. E eu queria fazer uma parceria com Bruno Mars. Quem sabe um dia? Inclusive, tenho uma tatuagem do Silk Sonic [risos].

Marisa Monte confirma estreia de novo disco para o mês de julho

Marisa Monte usou as redes sociais horas depois da estreia do single “Calma” para anunciar que seu novo disco de estúdio, o primeiro trabalho de inéditas em quase uma década, já tem data pra chegar. “Portas“, como foi batizado, chegará às lojas e plataformas de streaming no próximo dia 1º de julho.

 

“Calma”, primeiro single, é fruto de uma parceria com Chico Brown e revela uma composição em que a artista dribla futuro, madrugadas e tempestades em copo d’água a fim de enfrentar as próprias inquietações de amor.

Um clipe também foi lançado na ocasião reunindo cenas captadas em estúdio e frames de bastidores das gravações.

Adriana Calcanhotto estreia versão alternativa para o clipe

Filha das águas, Adriana Calcanhotto voltou à baía neste fim de semana para estrelar um clipe alternativo da faixa “Futuros Amantes”. Registrada ao vivo no disco “Margem: finda a viagem”, a canção de Chico Buarque leva a cantora a navegar em busca de fragmentos, resquícios deixados por apaixonados.

A mensagem é clara: afobações não serão necessárias visto que “amores serão sempre amáveis”.

Lançado pela gravadora Biscoito Fino em 13 de dezembro de 2020 nos formatos físico e digital, o projeto traz a filmagem do show que a artista realizou no Rio de Janeiro em 14 de dezembro de 2019, na Grande Sala da Cidade das Artes. Serão 18 faixas, entre elas dois duetos com Rubel.

O clipe ao vivo de “Futuros Amantes” já tinha sido lançado meses antes. Nas palavras de Calcanhotto:

“Era dos momentos mais fortes do espetáculo, para mim, no sentido do quanto uma canção pode exigir de nós em termos da nossa capacidade de rendição à beleza”, conta. “Será que um dia Copacabana será a nova Atlântida? Os autores Chico Buarque e Antonio Cicero é quem sabem”.

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